11 novembro 2020

A 4 dias da eleição Joice publica pesquisa falsa que a coloca na frente

Esta noite (11/11), durante o debate promovido pela ACIBOM, OAB e UNA veio a público uma das maiores farsas das eleições municipais de Bom Despacho em 2020: Joice foi denunciada por um dos candidatos por ter publicado uma pesquisa falsa feita por uma empresa fantasma. O impacto nos eleitores foi forte. Na Justiça Eleitoral poderá haver consequências graves, pois é crime publicar pesquisas fraudadas.

 Estava muito bom para ser verdade. Na noite do dia 11 a candidata Joice Quirino publicou um jornal de campanha afirmando que "Joice e Dr. Luiz que vão ganhar!". Quando o jornal da candidata circulou, a cidade inteira já sabia que a pesquisa era falsa. Falsa em tudo. O plano de pesquisa é aburdamente errado. O peso dos bairros na cidade é uma aberração. A empresa, bem... é fantasma. Mas, antes de ver os detalhes, veja a pesquisa mentirosa que a candidata Joice publicou. Isto, caso você ainda não tenha visto, pois ela jogou intensamente nas redes sociais e fez 10.000 cópias do jornal...

Os números falsos estão aí ao lado. Vamos começar supondo que a pesquisa fosse verdadeira. Ela não garantiria a vitória da candidata. Primeiro, porque pesquisa não ganha eleição. Ganha eleição quem tem mais votos nas urnas.

Segundo, porque o resultado mostrado é um empate técnico. Se a margem de erro é de 5%, isto significa que ela poderia estar com 21,5% e o Dr. Bertolino com 26,14%. Ou seja, o posto do que está no gráfico.

Terceiro -- e mais importante -- porque a pesquisa, feita por uma empresa fantasma, é enviesada. Ou seja, os pesos atribuídos aos bairros de Bom Despacho são incompatíveis com uma pesquisa séria.

Por que a empresa é fantasma

A empresa, uma total desconhecida no mercado, supostamente comandada por uma jovem de apenas 25 anos apareceu de repente agora fazendo pesquisa em vários municípios mineiros. Tudo ao mesmo tempo. Parece até uma potência do ramo. No entanto, a empresa é invisível. Procure no Google ou em qualquer outro buscador o nome INSTITUTO DE IMAGEM DE MERCADO E OPINIÃO PÚBLICA. Não aparece. Procure pelo nome da sócia, que é empresária invididual: BRUNA CARLA DA SILVA MOREIRA. Também não aparece.  Mas, se aparecer, seu nome estará ligado a suspeitas e processos nas cidades de Contagem, Sarzedo, Mariana e outras.

Apesar da evidente falsidade da pesquisa, a candidata Joice se apresou a publicá-la. Primeiro, nas redes sociais, depois, num jornal impresso com tiragem de 10.000 exemplares (imagem acima). Veja ao lado o que ela disse nas redes sociais.

Primeiro, é difícil entender como a candidata "descobriu" esta pesquisa na página de uma empresa que nem sequer aparece no buscador do Google. Segundo, uma pesquisa que quem pagou... foi a própria empresa. Como isto é possível. Ninguém sabe, mas no TSE está registrado que a Bruna Carla, que é empresária individual, contratou por R$ 10.000,00 o Instituto de pesquisa que é ela mesma...

Muito estranho.

Mas, pelo jeito, sem mais nem menos deu na veneta dela pesquisar Bom Despacho e pronto. Depois deixou de graça para a candidata Joice pegar e distribuir. Bom, se o leitor acredita em Papai Noel, pode bem acreditar nesta estória também.

Empresa não existe no endereço registrado


O juiz eleitoral de Lafaete determinou à empresa que entregasse os dados da pesquisa (conforme determina a lei). Mas, quando os requerentes foram ao endereço notificar a empresa e pegar os dados da pesquisa, veio a surpresa: ela não existe e nunca existiu no lugar

O síndico do prédio fez a declaração ao lado e registrou em cartório. Para quem quiser conferir, trata-se do processo número 0601115-70.2020.6.13.0087 (Conselheiro Lafaete).





A falsidade em Bom Despacho


No TSE podemos encontrar algumas informações sobre a empresa. Onde quer que se olhe, pode-se ver a pesquisa não atende aos critérios técnicos. Mas, um aspecto que qualquer um pode entender é que a região da Cidade Nova, em Bom Despacho, tem uma população muito mais do que a região do Dom Joaquim+Gameleira. A população da Cidade Nove é 6 vezes maior do que a população do D. Joaquim. Provalmente mais. Mas, na pesquisa, o conglomerado D. Joaquim, Gameleira e Campos Elísios.

Na verdade, Campos Elísios nem tem moradores. Não tem moradias. 

E Agora?

Como em outras cidades em que candidatos compraram pesquisa falsificada desta mesma empresa, aqui em Bom Despacho não será diferente. O caso será entregue à Justiça.

Segundo o § 4º do artigo 33 da Lei Eleitoral, divulgar pesquisa fraudada é crime com pena de detenção de seis meses a um ano e multa de cinquenta mil a cem mil UFIRS:

§ 4º A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa no valor de cinquenta mil a cem mil Ufirs


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